sexta-feira, 8 de abril de 2011

A prova de História.

Caros leitores, venho por meio deste avisar que: Comer pizza antes da prova de História pode ser um épico de batalha com proporções bíblicas.

Já explico como e porque mas antes Leitura de e-mails e Caneladas!

HÁ! Que piada sem graça cara...

Hoje levantei com um sono desgraçado e fui começar minha rotina de Mestre Pokemon. Isso mesmo que vcs leram.

No final de semana passado eu resolvi pegar um Nintendo DS que um amigo tinha pra vender. Pela bagatela de 250 barras de ouro, adquiri o portátil e passei essa semana entre estudar para as provas da faculdade e jogar Pokemon BLACK.

Comentário em off: Portátil da Nintendo sempre serviu e sempre servirá pra um único propósito, jogar Pokemon. Dito e feito.

Então chegou a hora do almoço e, entre parar de jogar e ir almoçar, resolvi continuar. Afinal os bichos não vão se capturar sozinhos, não é?

Jornada vai, jornada vem e decido então que meus belos dedos precisavam de um descanso. Resolvi ir pra sala, pegar a matéria e estudar como um nerdão.

Sentei-me no sofá e com muita vontade comecei a ler a matéria. Isso foi mais ou menos às 13:30h. Quando eu acordei eram 15:30 e eu tinha babado metade das folhas da matéria... Nada que não desse pra imprimir de novo.

Novamente iniciei a leitura, desta vez convicto que precisava terminar de ler aquela bosta ou não conseguiria fazer a prova.
Entediado e com as horas passando cada vez mais lentas, resolvi dar uma pausa afim de capturar mais 120 pokemons.

Não vendo o tempo passar, olho pro relógio e, oh god, são 19:30 e eu tenho apenas 10 minutos pra me arrumar. O cenário atrás de mim passa agora como em um anime. Flashs coloridos (não que eu os veja realmente coloridos) cruzam minha corrida mítica em direção ao banheiro. Saco a escova de dente e, num piscar de olhos, estou pronto para a batalha contra o terrível demônio da História da Arte. Com o coturno apostos e com a chave em minhas mãos, vou em direção a porta de casa. Girando a maçaneta sinto um tremor no chão. Parecia que um terremoto estava pra acontecer. Na verdade era meu estômago que, ao roncar, fez com que rachaduras ficassem amostra em toda a parede do prédio. Dou um salto de dificuldade 20 em direção a geladeira e pego uma pizza que já estava lá a alguns dias. Boto-a no Microondas e ajusto para 2 minutos. Após os 2 minutos mais demorados da minha vida, espero o queijo velho parar de borbulhar e, com uma bocada, devoro a famigerada massa emborrachada e sigo em direção a porta.
Chego ao Hells' Hallway (corredor do meu prédio) e novamente sinto o chão vibrar. Dessa vez um som mais grave é emitido do meu estomago. Logo pensei: Something is wrong. Mas sigo meu caminho cantarolando Hammerfall.

A noite estava clara.
A Lua no céu estava iluminando cada beco escuro da cidade de Friburgo.
O caminho para faculdade estava deserto.
Podia sentir o vento gelado batendo no meu rosto, fazendo minha barba voar.
Enquanto ando, sinto uma forte dor no abdómem... aperto-o num gesto de reflexo e penso: SOMETHING IS VERY WRONG.
Penso em voltar para casa... mas o caminho era longo e já havia andado mais da metade.
Com fones-de-ouvido encaixados, baixo minha cabeça e continuo seguindo.
Enfim chego a faculdade. O lugar estava abarrotado de pessoas tristes e amarguradas pela fatídica semana de provas.
Sem sequer olhar diretamente para alguém, sigo meu caminho para cantina.

 - Hey, Barman! Me vê um café num copo de plástico.
Peço ao ser grotesco e mal encarado que habitava as profundezas do outro lado do balcão.
O barman me olha e vê que estava, nesse momento, pálido e com a respiração difícil.

 - Jovem, você esta bem? Parece meio... doente...
Fala o barman enquanto me entrega o café potréfico da faculdade.

Adoço a bebida para tentar torna-la mais agradável ao paladar, não que isso seja possível, e ando em direção ao meio do pátio. Avisto então um rosto familiar que logo vem me comprimentar. Papo vai e papo vem, quase não me aguento em pé de tanta dor no abdomem e me apoio numa pilastra que tinha por perto.
Continuo conversando com a amiga e agora chega outro amigo. Ambos parecem não notar que eu estava tomando 1d20 de dano a cada rodada de conversa.

Eis que bate a hora de ir pra sala. No caminho passo por um banheiro e penso: Essa será minha ultima chance. Ah, que se dane. Eu consigo.

Ao chegar em sala sinto que o problema já não estava mais no estômago mas agora tinha passado pras partes intestinais.

Recebo a prova.
Está vem como um soco na cara e acaba com qualquer possível momento de felicidade naquele lugar.

Faço a prova.
Cada palavra que escrevo é como uma agulha perfurando minhas entranhas.

Longas 2 horas fazendo uma prova que foi praticamente nula em pontuações e pego meu caminho de volta para casa.

Em um passo mais acelerado, ando para casa enquanto tento não soltar um peido. Naquele ponto, um peido seria uma marca permanente no meu ego e, principalmente, na minha cuéca.

Chego em casa soando frio, arrebento a porta da sala, faço movimentos acrobáticos e me deparo com o Boss do dia. A privada.

Nível de Dificuldade 12.

*Toca musiquinha de batalha do Final Fantasy VII*

*Privada Used: Tampa fechada.
Wow! It's super effective!

*Dante Used: Desabotoar a calça.

*Privada Used: Esquiva Aprimorada.
Dante is now Confused!

*Dante Used: TSUNAMI SHIT STOOOORM!
Wow! It's super effective!

*Privada Used: Sem Papel Higiênico!
Dante is fainted.

Após uma batalha épica contra o mundo... Agora, aliviado... resolvi contar essa meeeegaboga aventura... afinal. Fazer uma prova escrota como a que foi de História hoje... e ainda com uma puta vontade de largar um barro... é digno de um Role Play.

Abraços.